Os trajes formais nacionais possuem poucas opções para atribuir modernidade ao look, pois, diferente dos italianos que ousam nas cores e estampas, os homens brasileiros, em suma, são mais tradicionais. E dentre as diversas tendências presentes na alfaiataria masculina, o corte slim foi a que melhor se adequou ao estilo dos brasileiros, principalmente na gravata.
A tendência foi um grande hit da década de 60 que retornou com avidez nas últimas temporadas, e confere ao look formal um toque despojado. Em média com a largura de 6 centímetros (com variações dependendo da largura do tórax), a gravata slim é o ponto central no look masculino, uma vez que o estilo do corte demanda peças que lhe sejam harmônicas e não possuam excessos; ou seja, um conjunto com talhe ajustado, camisas com lapelas e colarinhos curtos ou de estilo undone, além de nós simples ou windsor.
A versatilidade da peça é evidenciada por se adequar tanto a ambientes mais formais quanto informais, ou ainda casamentos noturnos e durante o dia, além da variabilidade de coordenação com paletós de diversas composições.
1 – Tipo físico adequado
Para pessoas muito musculosas, grandes ou acima do peso não é aconselhável o uso da gravata skinny. O acessório fica desproporcional em relação a seu usuário e fica parecendo que o sujeito está andando com um cordão pendurado no pescoço. Quem é corpulento fica mais elegante com a gravata comum, lembrando que mesmo essa já está mais estreita que sua versão dos anos 90.
2 – Lapelas
Se você for usar a gravata skinny com um blazer ou paletó certifique-se que as lapelas do paletó são do tipo estreito, as largas ficam desproporcionais, parecendo que o terno é de uma época e a gravata de outra.
3 – Caimento
Este tipo de acessório pede, obrigatoriamente, um traje mais ajustado, ou seja, o que chamamos de slim fit, seja o costume e a camisa, ou, no caso de um look casual, jeans e camisa. Você notará que o conjunto ficará bem mais harmônico.
4 – Comprimento
Já vi muita gente achando que o fato da gravata ser slim dá direito de brincar com o ponto até onde ela vai. Nada disso, a regra vale tanto para a skinny, quanto a tradicional, com a ponta sempre chegando até a fivela do cinto.
5 – Estampas
Já existem modelos com todo tipo de estampa imaginável, mas eu prefiro os desenhos médios ou pequenos (microestampa), os muito grandes ficam estranhos em uma gravata tão fina, mas quem quiser arriscar, sinta-se a vontade. Dependendo do estilo de quem usa algumas estampas caem melhor, como o xadrez para looks anos 50 e as litras largas misturadas com estreitas para quem gosta do visual preppy. As de micropadrão, microestampa e listradas vão bem com quase tudo, mas na dúvida, vá de preta lisa, não tem como errar.
6 – Prendedor de gravata
Não sendo muito largo, não tem problema nenhum, neste caso fica ao gosto do usuário. Eu admito que simpatizo com o acessório e acho que mantém visual alinhado, protegendo também a gravata de uma série de acidentes, como cair na comida ou molhar na pia do banheiro.
7 – Sugestões de combinações
Para o verão – esta é uma boa sugestão para o verão, camisa leve com as mangas dobradas, calça em sarja dobrada e a gravata no tom próximo ao da calça. Devido a sua espessura, a skinny cai bem em looks leves para dias quentes e arremata este look com perfeição.
Para o verão também – Outra boa opção para o calor, terno bege (pode ser em linho) com camisa branca e gravata com detalhes em vermelho fazendo um bom contraste com o restante do visual.