Cheia de surpresas a cada esquina, a capital da música clássica vem conquistando cada vez mais os brasileiros com seu jeito peculiar. Viena consegue preservar o estilo clássico de ser, aliando a modernidade ao clima romântico. Uma cidade onde é possível conhecer as principais atrações passeando de carruagem e ao som de violinos. Ou se divertindo andando de bicicleta de um lado para o outro. São mais de 300 pontos espalhados pelo centro, onde você pode pagar apenas um euro a hora e sair pedalando pelos principais pontos turísticos.
«Programa imperdível é alugar uma bicicleta e passear despretensiosamente pela cidade», garantiu a publicitária Patricia Tessmann, de 33 anos, que se surpreendeu com as semelhanças da capital austríaca com Paris. Ela explicou: «a arquitetura e a elegância de Viena me lembraram muito as de lá, mas Viena me pareceu muito mais cultural, principalmente nas manifestações musicais. Não só no hábito das pessoas frequentarem ópera, como se fossem a um happy hour, mas também nas ruas, na música popular, nos bares e até nos banheiros públicos. Foi o único lugar onde ouvi Mozart!», completou.
Viena recebe mais de oito milhões de turistas todos os anos e surpreende os visitantes com avenidas largas e arborizadas, belos prédios históricos, museus e palácios e pelas calçadas repletas de elegantes cafés. É comum ouvir a famosa valsa ‘Danúbio Azul’, de Strauss, andando pela Graben,charmosa rua de pedestres que possui bares, lojas de marca e restaurantes com mesas nas calçadas.
«Quando fui para Viena não imaginava que ficaria tão surpresa e eufórica, me senti uma criança. Na maioria das cidades europeias mais famosas você vê muita coisa histórica, mas o que chama a atenção em Viena é que você anda vários quarteirões acompanhando essa arquitetura histórica, sem pausa. É um prédio ao lado do outro e um mais lindo, majestoso e gigante do que o outro», disse a analista de marketing Maira Engelmann, que passou quatro dias na cidade com o marido, Rodrigo Gouvea.
Viena é exatamente assim. Saindo da Graben, em um raio de dois quilômetros, você consegue observar os belos complexos de Leopold e Mumok. Passa pelo prédio do Parlamento, inspirado na arte romana. Em seguida, fica fascinado pelos edifícios do Museu de História Natural e do Museu de História da Arte. Um de frente para o outro, totalmente iguais. Um jardim maravilhoso separa os dois. O imponente Palácio de Hofburg surge logo depois. Assim como a bela Karlskirche, igreja construída em 1713 e é um marco da cidade por mesclar elementos romanos, gregos e orientais.
«Já viajei muito pela Europa com meu marido, mas a Karlskirche nos encantou de uma forma difícil de explicar. Em frente a ela se forma um espelho d’água, perfeito para aquelas fotos inesquecíveis», disse a psicóloga Vânia Tietz, ao lado do marido Bodo. Viena tem esse poder: ser inesquecível.
Paladar variado
Viena é uma cidade que consegue conquistar também pelo paladar. Não há lugar melhor para comer apfelstrudel (torta de maçã), palatschinken (panqueca de frutas, queijo ou chocolate) ou mohr um hemd (pudim de chocolate com creme chantilly). Os croissants foram inventados pelos austríacos após a vitória na guerra contra os turcos em 1683 – e são divinos. Vá ao Naschmarkt, enorme mercado ao ar livre com comidas típicas locais e também de várias partes da Europa. Existe desde o século 18 e é a maior feira de Viena.
Palácios ficam distantes
Dois símbolos de Viena ficam um pouco mais afastados do centro histórico. O palácio de Schönbrunn, concluído em 1713, está para a capital austríaca como Versalhes está para Paris. Foi lá que o ainda jovem compositor Mozart fez seu primeiro concerto oficial. Já o Palácio Belvedere, construído em 1720, tem um incrível jardim e uma fachada com fontes e estátuas de esfinges. Ambos têm acesso fácil e rápido pelo metrô.
Dicas
Banheiros públicos: na Áustria são pagos. Por isso, tenha sempre algumas moedas no bolso.
Troco ou gorjeta?
Quando for pagar uma conta em um restaurante, nunca diga obrigado até receber o troco. Do contrário, os funcionários vão considerá-lo gorjeta, não importa quanto dinheiro tenha a receber de volta.
Mapas: não se assuste porque os nomes dos locais podem parecer imensos e confusos. Mas você logo se acostuma. A maioria dos nomes sempre termina com strasse (rua), platz (praça) ou kirche (igreja).